Questões de Português - Problemas da língua culta para Concurso

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Q2485248 Português

Texto 2


Maricá




Fragmento. Disponível em https://www.geoparquecostoeselagunas.com/marica/ Acesso em: 11 mar 2024.

“O primeiro centro efetivo de população, fundada pelos beneditinos em 1635, surge junto à Fazenda de São Bento (São José do Imbassaí), onde foi construída a primeira capela dedicada à Nossa Senhora do Amparo.” (linhas 8-13)

O vocábulo sublinhado no fragmento acima é:
Alternativas
Q2484640 Português
Assinale a frase que mostra um erro quanto à norma culta da língua.
Alternativas
Q2483540 Português
Por que algumas pessoas gaguejam?


A dificuldade de completar as palavras e a repetição das sílabas pode ser explicada pela genética.

Priscilla Oliveira Silva Bomfim | 29/02/24



         Imagine a seguinte situação: você chega na escola depois das férias, um novo colega vem se apresentar e, assim que ele pronuncia as primeiras palavras, você percebe que ele gagueja. Será que ele está nervoso, com medo, tímido ou envergonhado? Afinal de contas, é o primeiro dia em uma nova escola, e qualquer pessoa pode se sentir um pouco insegura e ansiosa, não é mesmo? MAS/MAIS os dias vão passando e esse colega continua gaguejando. HORA/ORA, se já fez novos amigos e a ansiedade do primeiro dia de aula não existe mais, por que a gagueira não acabou?


        A gagueira é um distúrbio da fluência da fala. A pessoa gaga não completa com facilidade uma palavra ou tem tendência a repeti-la enquanto fala, demonstrando dificuldade para se expressar. Isso pode ser explicado por questões psicológicas e até mesmo por traumas que as pessoas que gaguejam sofreram. MAS/MAIS existem pessoas que gaguejam desde muito pequenas, e, nesses casos, a explicação pode ser genética!


       Diversos cientistas estudam como a fala é produzida e tentam entender por que algumas pessoas não conseguem falar com facilidade. Já se sabe, por exemplo, que a gagueira afeta mais os meninos do que as meninas. Outra descoberta interessante é que o MAL/MAU funcionamento de uma estrutura que temos no cérebro chamada gânglios da base – que, entre outras funções, é responsável pelo movimento dos músculos que produzem a nossa fala – pode contribuir para o fato de gaguejar.


       É muito importante que quem não sofre de gagueira contenha o impulso de completar as palavras ou frases da pessoa que gagueja. Isso gera mais estresse e insegurança, pode também causar constrangimento e fazer com que a pessoa evite falar ou fazer amizade.


      Muitas vezes, as pessoas que gaguejam desenvolvem comportamentos associados, impulsos que não conseguem controlar, como piscar, estalar a língua, desviar o olhar, fazer movimentos com a cabeça… Isso acontece quando a pessoa sente que está perdendo o controle por não estar conseguindo falar sem gaguejar.

 
        Por isso, é muito importante ser paciente com a dificuldade do outro. Afinal, todos somos diferentes e igualmente especiais! Se cooperamos uns com os outros, tudo fica mais fácil! 



BOMFIM, Priscilla Oliveira Silva. Por que algumas pessoas gaguejam?
Ciência Hoje das Crianças, 29 de fevereiro de 2024. Disponível em:
https://www.chc.org.br/artigo/por-que-algumas-pessoas-gaguejam/.
Acesso em: 30 mar. 2024. Adaptado.

Observe os pares de palavras grafados em letras maiúsculas no texto. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a escrita da palavra que preenche adequadamente cada contexto.
Alternativas
Q2480098 Português
POR QUE NÃO SEPARAR ARTISTA E OBRA?

        São numerosos os casos recentes onde vemos toda uma obra artística já consagrada sendo colocada sob julgamento público em decorrência de falhas, erros, abusos diversos e até mesmo de crimes atrozes cometidos por seus artistas. São músicos, cineastas, atores, comediantes, artistas plásticos, escritores e por aí vai.
        Sabemos que o sucesso de uma obra artística é dado por uma confluência de méritos, avanços técnicos e estilísticos reconhecidos no passado e transmitidos no presente. Se aí nos bastarmos, objetivamente, será possível apreciar um filme ou admirar uma tela sem que a vida privada de sua autora ou de seu autor esteja no foco de nossos sentimentos de espectador. Seríamos, então, capazes de esquecer, mesmo que por alguns instantes, as suas contradições pessoais, diriam algumas pessoas.
        Mas, por outro lado, a vitalidade da obra no tempo, em partes, não seria também resultado dos modos pelos quais nós ouvimos e aprendemos a contar as trajetórias pessoais e subjetivas de seus artistas? Podemos hoje, por exemplo, reler e ampliar a obra de Machado de Assis olhando para as relações contraditórias que ele teria vivido enquanto um homem afrodescendente vivendo e escrevendo no Brasil do século XIX, fato, até então, silenciado pelo racismo insistente no mundo das artes. Já a cantora estadunidense Miley Cyrus aproveitou a oportunidade de escrever recentemente uma canção para expressar e expor o drama que vivenciou em sua mais recente relação amorosa com o ator Liam Keith Hemsworth. Se assim for, artista e arte se confundiriam?
        O mais recente filme do diretor estadunidense Todd Field reabre e traz novas pistas para a questão. Nele, Cate Blanchett interpreta Lydia Tár, uma regente de orquestra cujo extenso currículo exibe grandes posições e muitos prêmios. Poderíamos estar diante de uma trajetória pessoal narrada como ascendente, coesa, linear e gloriosa: algo comum nas biografias de grandes gênios. No entanto, o que acompanhamos, dentro e fora das salas de concerto, é surpreendente. Passamos a enxergar Lydia vivendo um processo de erosão pública e individual quando tem suas possíveis contradições pessoais expostas por uma série de acontecimentos que também envolvem a sua carreira. Tár está sendo “cancelada”.
        Por falar em música, no início dos anos 1960, o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, ao estudar os mitos Bororo no Brasil, os comparou a uma grande partitura. Assim como nos mitos, a música não seria tocada exclusivamente nas notas da escala, mas, em especial, nos intervalos entre elas. Para ele, admirador dos compositores de Richard Wagner e Claude Debussy, uma obra é feita também de silêncios e pelas sensações contraditórias provocadas por eles.
        Podemos aí incluir os silêncios biográficos? Como uma música e um mito, uma biografia pode muito nos contar sobre os contextos sociais de uma época: padrões, requisitos culturais, disputas, condições desiguais e opressões. Já se foi o tempo em que grandes artistas como Machado de Assis, Cyrus, Wagner e Tár tinham suas biografias construídas exclusivamente a partir de seus grandes feitos muito coerentes entre si e com a obra na totalidade. A biografia se traduziria, assim, como um monumento que confina a pessoa a um herói público congelado no tempo e nas ideias. O que vemos hoje, para além do simples cancelamento nas redes sociais, é uma atenção maior aos silêncios, isto é, às hesitações, ambiguidades e contradições abertas nas vidas dessas personagens públicas. Isso pode tornar viável o acesso aos seus traços pessoais e coletivos que podem enriquecer e dar complexidade à obra; significa conhecê-la melhor por dentro e ao seu redor.
        Assim como a obra, uma trajetória pessoal também poderá ser um instrumento do conhecimento histórico. Como costuma dizer a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, é importante lançar questões do presente para interrogar o passado. Conhecer os silêncios biográficos implica também em indagar os modos pelos quais nós seguimos compreendendo, atualizando e executando a obra de arte. Isso também faz parte do prazer estético, diria LéviStrauss. Penso que Lydia Tár também concordaria, pelo menos, até a primeira parte do filme.
        Finalmente, as trajetórias também se tornam peças públicas, portanto, objeto da construção do conhecimento crítico, diverso e mais inclusivo. Misturar artista e obra poderá, então, fornecer meios maravilhosamente imprevistos — assim como podemos ver em Tár — não para simplesmente cobrir as lacunas nas histórias, mas assumi-las, habitá-las e, com elas, pensar coletivamente sobre os nossos erros e ambiguidades, no passado e no presente, dentro e fora das molduras impostas a uma obra de arte.

(Autor: Paulo Augusto Franco de Alcântara. Disponível em https://gamarevista.uol.com.br/artigo/por-que-naoseparar-artista-e-obra/)
Marque a alternativa que está correta gramaticalmente:
Alternativas
Q2478602 Português
Assinale a alternativa em que a lacuna deve ser preenchida com o que está entre parênteses. 
Alternativas
Respostas
1: A
2: D
3: B
4: A
5: E